Todos nós aqui do sul do país, de alguma forma, fomos e estamos sendo afetados por esta catástrofe climática que nos acometeu. Uma enchente de imensas dimensões desencadeou uma grande crise em nossas vidas. Desta forma me parece urgente que paremos para pensar em como lidar com tudo isso. Portanto este texto tem o objetivo de iniciar algumas compreensões sobre enfrentamentos de crises.
A ideia agora é que você vá me acompanhando nas leituras e possa ir fazendo links com o que está passando no seu contexto. Hoje trago um entendimento sobre o que normalmente acontece em uma crise onde o estado de emergência aciona, em primeiro lugar, dar conta da sobrevivência. Se salvar, salvar vidas.
Fiquei pensando aqui que, talvez fosse interessante que você leitor pudesse se perceber neste processo. Que tal, vamos lá?
Nos estudos de enfrentamentos de crise, a partir da Gestalt-terapia se entende que diante de uma percepção de ataque, uma emergência se aciona em nós, um mecanismo orgânísmico de sobrevivência.
Olhando a partir da neuropsicologia entende-se que este mecanismo está sob o comando imediato do SNA, Sistema Nervoso Autônomo. Nós precisamos agir rapidamente, pois não temos muito tempo para analisar, projetar, pensar o que fazer... precisamos fazer algo que entendemos que nos salve.
E isto foi o que fizemos conosco, com as pessoas que foram atingidas e também e quanto ao meio em que vivemos, desde o início das enchentes.
Bem, em situações de emergência cada um de nós tende a agir de uma forma: uns ligam o modo ação, precisam fazer alguma coisa, serem proativos, tentar sanar a ameaça que se apresenta; outros tendem a acionar um jeito fuga e tendem a encontrar muitas formas de reduzirem o contato com a ameaça e com o que está acontecendo. E temos ainda as pessoas que paralisam, desligam como fazem os patos quando atacados, eles "desmaiam" e se apagam do jeito que der.
Se achou em alguma destas formas de lidar com as suas crises? Se sim, você já tem aí uma compreensão do seu jeito inicial de responder a ameaças. Isto serve para qualquer situação de ameaça que possa passar.
E o que virá depois já dirá respeito a como lidar com o restabelecimento de sua vida após as primeiras ações de emergência.
No próximo post vou falar da segunda parte do enfrentamento de crises, das atitudes que cada um de nós podemos ter em relação ao restabelecimento das nossas vidas.
Me acompanhe aqui e no Instagram para ler mais sobre o tema.Muitas vezes uma simples situação pode ter o poder de desorganizar emocionalmente uma pessoa.
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