Olá queridos e queridas que me acomanham! Quanto tempo não? Pois é, estou retomando o Blog. Estive escrevendo muito no Instagram, mas sinto falta de explicar melhor e para isso preciso de mais linhas kkkk... Me acompanhem e se precisarem de um resumo, encontrem lá.
Para voltar, estou respondendo a pergunta de uma mãe muito atenta a sua filha e com muita vontade de ajudar. Vamos lá...
Como realmente ajudar a minha filha adolescente?
Gostei desta pergunta, vou tentar ser sucinta. Partimos da clareza de que ela está buscando reconhecer a sua identidade, em um universo convidativo, fascinante e ao mesmo tempo preocupante. Saiba que este seu apoio precisa ser como uma dança, que ora vai dar espaço e permissão e ora vai dar limite - com muito afeto e algumas justificativas, para não soar como intromissão. E que só vai funcionar se você for aberta o suficiente para que sua filha também seja, no contrario ela vai se fechar e pode não compartilhar nada com você.
Abaixo você tem um resumo dos temas mais comuns que tenho vivenciado no consultório com os jovens e com seus pais. Acredite estão já foram muito estudados. Veja o que é possível para vocês, pois a postura dos pais é fundamental neste momento da vida da sua filha.
Aí vai...
Busque recordar da sua adolescência e lembrar da gama de confusões, dificuldades e o quanto você ansiava por desfrutar. Depois pense no que a sua filha pode estar enfrentando, muitas vezes calada. Lembre-se do que esperava dos seus pais e o que era importante para você. Pode ser bem diferente do que é para ela, mas isso pode lhe ajudar a se abrir para acompanhá-la com mais paciência.
Tente abrir-se para as suas perguntas, indagações e questionamentos sobre a família, seu mundo e tudo...Ele não está lhe avaliando, está tentando definir o que será para ela. Quais as suas próprias convicções e crenças. Isso pode ser difícil para você, pois podem estar se apresentando diferenças aí. Tente respeitá-las, mesmo que estas pareçam inocentes e imaturas, lembre-se ela está construindo o que é dela de fato, e é assim que crescemos, aprendemos e nos encontramos. Você vai ajudar muito não desvalorizando o movimento dela.
Mostre a sua versão verdadeira...se possível, compartilhe um pouco das suas fragilidades também, das dúvidas que já enfrentou, algum medo etc...Você não precisa ser uma heroína, nem um modelo de perfeição. Isso atrapalha, pois ela pode achar que também deverá ser. Deixe-se ser como é, em seu todo para que ela possa ser também, fica bem mais fácil para ela se não ter que ser o máximo.
Releve, virão críticas a coisas passadas, especialmente a posturas mais rígidas, faltas e até abandonos. Tente escuta-las com o possível de isenção. Ela agora vai revisitar a infância e trazer o que ficou "pendurado". As vezes, muitas das posturas que eles tomam são para superar marcas que ficaram registradas como ruins na história. Na terapia elas aparecem muito e podem ser ressignificadas, para que o jovem possa ir adiante e se tornar independente.
Veja o que dá para tolerar de posturas e formas diferentes em seus comportamentos. Lembre-se que os temas agora são: quem eu sou? De que jeito sou? Como me mostro e como recebo o que é do outro... Entenda que ela está mastigando, processando e engolindo o que serve e cuspindo o que não serve e isso será super bom para a vida adulta dela. Mas, eu sei, acaba sobrando para os pais ajudar a equilibrar tudo isso.
É, não posso me estender muito! Sei das dificuldades da minha proposta, mas veja o que dá para fazer... e se precisar peça ajuda que estou aqui!
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